Badoca Safari Park – Um Pouco De Savana Em Pleno Alentejo

Reportagem de Elsa Furtado e Francisco Padrão Mota

A Niassa, filha do Teo e da kimani, é uma das mais recentes moradoras do Badoca Safari Park, em Santo André (Baixo Alentejo), esta girafa bebé é também uma das coqueluches da sua tratadora e dos funcionários do Parque.

Nascida em 2016 no Parque alentejano, a Niassa é um dos novos animais que ocupam o Parque, que reabriu ao público em fevereiro. A girafinha, de raça rotschild vive na companhia do pai, da mãe e restantes membros da família, são 5 no total, e pode ser vista a correr na área que lhes é destinada, dar biberão e comida e até, se tivermos sorte, fazer uma festa, pois ela é muito amigável.

Esta interacção com as girafas, quase que nos faz ter a sensação que estamos em plena savana africana, é uma experiência verdadeiramente única, que podemos fazer no novo Safari VIP, com duas horas de duração. Esta é uma experiência exclusiva e única, numa pick up de trabalho, acompanhada por um dos tratadores do Parque, no nosso caso foi a simpática e competente Joana Rações, que nos foi explicando um pouco sobre cada um, e sempre com muito carinho.

Depois das girafas, as Zebras são outros dos animais que mais gostamos de ver, elas deslocam-se em manada pelo Parque, tal como no seu habitat natural. Aqui existem dois grupos, um de 3 outro de 5, e também este grupo tem um elemento mais novo e fofinho. De referir que à primeira vista as zebras parecem todas iguais, mas cada uma tem riscas diferentes, tal como as impressões digitais nas pessoas.

Mas são muitos outros os animais que podemos ver por aqui, seja de comboio ou de pick up, alguns deles chegam mesmo quase ao pé de nós, mas manter uma distância de segurança e permanecer quieto dentro do veículo são duas das recomendações.

Se estivermos a realizar a tour em Safari VIP então podemos ainda dar de comer aos animais, e parar para tirar fotografias, mas tudo sem sair do nosso lugar, afinal, não nos podemos que esquecer que estes são animais selvagens e é preciso ter cuidado e respeitá-los.

Entre as muitas espécies presentes no Parque, que podemos observar na “Savana”, temos ainda Impalas, Palancas, Kudus, o Búfalo do Congo, os Cobo de Leche (o mais novo tem apenas 4 semanas), os Gamos e o Veado Ibérico (que nos fazem mesmo lembrar o Bambi), o Órix Cimitarra (de que se destaca um bebé de 2 meses), as Palancas negras de que fazem parte os simpáticos Shetan, Tofu e Soja (3 machos muito dados a mimos), e ainda os Tigres de Bengala (estes em cativeiro, por motivos de segurança), entre tantos outros que nos prendem o olhar e fazem sonhar com uma viagem a África.

Mas nem só de carro se anda pelo Parque, existe ainda uma zona indicada para Passeios Pedestres, aqui os animais são outros, alguns deles domésticos como o Burro ou a Cabra Anã, a Cegonha, ou o Flamingo, o Canguru de Bennet, mas os mais fofinhos e que captam mais as atenções são os Lémures. Se tiver coragem pode entrar nos seus domínios e  interagir com eles, dar-lhes de comer (eles adoram fruta) e fazer festas, os mais descarados saltam para cima de nós num instante, mas isto tudo, é claro, na companhia do seu tratador, pois não convém arriscar, eles são muito amigáveis e fofinhos, mas não nos podemos esquecer que temos que os respeitar.

Se é fã de aves, então não vai querer deixar de passar pela Floresta das Araras, pelo Jardim das Aves Exóticas e assistir à Apresentação de Aves de Rapina, aqui, temos que confessar, ficámos rendidos à beleza da Coruja das Neves e à velocidade da Águia e dos Falcões.

Mas savana não é savana sem primatas, e aqui no Parque eles estão um bocadinho longe de tudo o resto, na Ilha dos Primatas. É aqui que se encontram os Babuínos e os Chimpanzés nas suas habituais brincadeiras e gritaria. Esta é uma das zonas em que não nos podemos mesmo aproximar muito deles.

Se por ventura for visitar o Parque por estes dias (especialmente entre 29 de março a 1 de abril) pode ainda ver o dromedário do parque, (aquando da nossa visita ele encontrava-se na zona de quarentena, uma espécie de enfermaria), e ainda dar um passeio nele (de 30 minutos ou 15 minutos).

Se for no período do verão, então não deixe de experimentar o Rafting Africano e simular que está a descer um rápido em plena selva.

Uma visita ao Park vale bem a pena, com e sem crianças, embora sejam elas quem mais delira com este passeio. Entre o contacto com os animais e a natureza, e os momentos e sorrisos partilhados em família, o tempo passa depressa, e fica-se sempre com vontade de voltar outra vez para ver os bebés já crescidos e os novos habitantes que vão surgindo. Um autêntico passeio de descoberta pelo mundo selvagem, sem sair de Portugal e tão próximo de Lisboa para quem vai de carro.

Nós por aqui gostámos muito, ou como diz o nosso repórter mirim: “Gostámos não, adorámos!” Especialmente da Niassa.

O Badoca Safari Park fica na Herdade da Badoca Vila Nova de Stº André (entre Grândola e Santiago do Cacém), e funciona das 10h00 às 17h30, todos os dias, até 31 de outubro. Os bilhetes podem ser adquiridos no local e custam 17,90 euros para os adultos, 15,90 euros para crianças dos 4 aos 10 anos e maiores de 65 anos, crianças dos 0 aos 3 não pagam. O preço para famílias (2 adultos + 2 crianças entre os 4 e os 10 anos) custa 61 euros.

O passeio de camelo custa entre 8 euros e 15 euros por pessoa; a interação com os lémures 15 euros; o rafting africano 3 euros e o Safari VIP 79 euros.

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