Camané Cantou Marceneiro E Foi Camané No CCB

Reportagem de Madalena Travisco (Texto) e Ana Filipa Correia (Fotos)

Camané

O Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, na noite de ontem, 11 de outubro, teve sempre Camané. Acompanhado por José Manuel Neto na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Paulo Paz no contrabaixo, o concerto de Camané integrado no ciclo Há Fado no Cais – uma parceria da EGEAC/Museu do Fado com o CCB – foi dividido em duas partes. A primeira como fecho de um período dedicado à grande história de Alfredo Marceneiro e a segunda com uma retrospetiva da carreira do Fadista.

“Eu sempre cantei Marceneiro, desde miúdo (…) e foi um prazer enorme fazer este disco” – na referência ao trabalho editado há um ano: Camané canta Marceneiro. Mais tarde, entre aplausos, agradeceu a forma como este disco foi recebido. Declamou o “Bêbado Pintor” na abertura, percorreu as “Quadras soltas” e “Olhos fatais. A homenagem a Alfredo Marceneiro seguiu com “Ironia”, “O Pagem”, “O louco”, “A Lucinda Camareira”, “Mocita dos caracóis” e “A casa da Mariquinhas”.

Na transição para a retrospetiva do próprio, até brincou: “E agora passamos para o Camané!”

“Eu sei que esperas por mim/ como sempre como dantes(…)” desvendou “Mais um fado no fado”, antes do “Ela tinha uma amiga (chamada Maria)”, “A guerra de rosas”, “Emboscada” (de Sérgio Godinho); “Lúbrica” (de Cesário Verde); “Quadras” (de FernandoPessoa) e “Abandono” (de David Mourão Ferreira). Vem a “Marcha do Bairro Alto”, o “Sei de um rio” e o anúncio do fim – entre “oooohs”- com “Quando o fado acontece”.

No encore, Camané trouxe o fado cravo de Alfredo marceneiro – “Triste Sorte”, “Saudades Trago Comigo” e o “A Correr”.

E na letra da triste sorte, um resumo do que foi escutado:

Meu destino assim cantado
jamais pode ser mudado
porque do Fado sou eu

 

O concerto de Camané no CCB tem data extra hoje, 12 de outubro. Os bilhetes podem ser adquiridos no local.

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