Reportagem de Sara Santos
De 4 a 19 de março Lisboa foi cúmplice da dança, ao acolher a primeira edição do Festival Cumplicidades: Latitudes em Movimento.
Moving Latitudes arrancou no espaço 49 ZBD, e depois espalhou-se por toda a Cidade, desde Alkantara, passando pela Escola Secundária António Arroio, Casa da Imprensa – Associação Mutualista, Culturgest – Fundação CGD, EIRA/Centro de Formação Artística / Teatro da Voz, Largo Residências, Museu da Marioneta, Negocio – ZDB, Rua das Gaivotas 6, São Luiz Teatro Municipal e Teatro da Trindade!
Esta primeira edição do festival pretendeu seguir uma linha programática que se configurou naturalmente a partir dos encontros e dos diálogos entre pares resultantes da edição zero.
O programa incluiu espectáculos, workshops, palestras, exposições e uma conferência internacional. Segundo a organização, “Meios através dos quais os participantes puderam explicitar os seus métodos, as suas reflexões e inquietações, assim como comunicar os paradigmas ou bases teóricas que fundamentam a sua linha de trabalho. Desta forma potenciámos dois objectivos primários do festival: a difusão de obras de coreógrafos portugueses ampliando o seu grau de visibilidade, e o alargamento da internacionalização cruzando contactos e partilhando experiências com profissionais de França, Marrocos, Egipto, Líbano e Turquia”.
O C&H esteve nos ensaios de Intermitências de Joclécio Azevedo no Teatro da Trindade, e partilha aqui um pouco do que viu.
Cinco intérpretes, cinco máquinas de fumo, cinquenta quilos de fio, uma ventoinha, dois microfones, dois tripés, dois marcadores pretos, uma mesa, vinte e cinco placas de vidro, doze barras de ferro, cento e cinquenta pedaços de madeira, duas raquetas, duzentas bolas de ping pong, cinco estantes de metal, 46 peças de figurino, 200 metros de película de plástico preto, três bandas sonoras, quatro diferentes espaços dentro de um teatro, 15 semanas de trabalho intermitente, oito meses de pesquisa, nove participantes, três apresentações em processo ou ensaios abertos, uma apresentação final.
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Nos próximos dias ainda é possível assistir aos espetáculos A Morte da Audiência de Bruno Humberto, hoje e amanhã às 19h00, no Claustro do Museu da Marioneta; e Contessa de Meryem Jazouli, Marrocos, às 21h30, na Rua das Gaivotas 6.
