Hozier – Uma Voz Que Trouxe Luz Ao Coliseu De Lisboa

Reportagem de Tânia Fernandes

Hozier
Hozier

O cantor irlandês que têm usado a sua boa voz para cantar causas nobres atuou ontem no Coliseu dos Recreios. Lisboa foi o ponto de partida para a digressão europeia. 

As bandas estrangeiras gostam de tocar em Portugal, pela forma calorosa como o público as recebe. A verdade é que, mesmo com uma plateia bem preenchida de pessoas de outras nacionalidades, sentiu-se, na noite de domingo, uma empatia muito forte com Hozier. Parece que já aprenderam a assistir a um concerto com toda a emoção no corpo.

“Take Me To Church” o seu tema mais conhecido era, obviamente, a mais aguardada da noite, mas o cantor e compositor irlandês provou que tem muito mais para dar. Ao segundo tema , “Nina Cried Power” – uma das suas mais recentes músicas, que dá o nome ao EP lançado este ano – tirou a assistência das cadeiras. E assim ficaram, ao longo de cerca de hora e meia de concerto, sempre a dançar e a acompanhar o músico de braços no ar. 

Hozier faz-se acompanhar de sete músicos em palco, de rigoroso dress code negro. Alternam entre um blues melódico e um soul quase religioso, de templo. O músico usou alguns dos momentos entre músicas para agradecer ao público português e também para pedir para o acompanharem. Antes de “To Be Alone” avisou que ia testar as capacidades dos presentes para cantar. E acrescentou “Eu sei que Portugal sabe cantar. Já ouvi fado!”.

Apresentou alguns temas novos, mas deu também momentos de grande emoção, como quando ficou sozinho em palco para tocar uma verão acústica de “Cherry Wine”. O tema, que lançou para consciencializar para a questão da violência doméstica foi projetado, pela sua grande voz, para todos os cantos do Coliseu de Lisboa. 

O público também o acompanhou com grande empenho em “Someone New”. Antes da mais pedida da noite, mostrou ainda um dos novos temas, “Movement”, uma canção que deixou traços de luz a prolongar os acordes de guitarra. 

Despediu-se por alguns momentos depois do êxtase de “Take Me To Church” e regressou para um breve encore, de dois temas, enrolado na bandeira de Portugal. Hozier avisou que iam tocar uma coisa diferente, um tema que não é deles, mas que de certeza que todos conhecia. A surpresa era “Say My Name” das Destiny’s Child, reconhecido de imediato por muitos.

“Work Song” ficou para o sim, com a promessa de um regresso em breve. 

Suzanne Santo, a cantora, compositora e instrumentista que integra a banda de Hozier atuou na primeira parte do concerto. Entre a guitarra e o violino, apresentou os temas da sua carreira a solo e mostrou o som cru da sua música soul, cheia de ritmo. 

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