MEO Arena Abalou, Abalou /Sacudiu /Balançou Com Ivete Sangalo

Ivete SangaloReportagem de Madalena Travisco (texto) e Joice Fernandes (fotografias)

Quinze minutos antes da hora marcada, a primeira das explosões de serpentinas coloridas, mostrou que o público estava mais do que preparado para o concerto de celebração dos 20 anos de carreira de Ivete Sangalo em Lisboa.

Mãos no ar com telemóveis em punho apontavam ao feixe de luz que mostrou, quinze minutos depois da hora marcada, o princípio de um concerto cheio de cor, cheio de dança e cheio de música. “Tempo de alegria”: Ôôô, ôôôôôô, ôôô, alegria. Alegria!”

“Acelerou aí”, “Rolou a Festa”, “Levantou Poeira” e fez Lisboa render-se à rainha do Axê. Nas primeiras palavras e no sotaque baiano: “Portugal te amo, Portugal! Lisboa, ó Lisboa, boa noite Lisboa! A filha da terra chegou! E como sempre, Lisboa me recebe como uma rainha, como uma filha da terra. E é essa energia e em agradecimento a todos esses anos da minha carreira – porque Portugal faz parte da minha vida, mora no meu coração – que essa noite vou fazer um show i-nes-que-cí-vel! Obrigado por terem vindo. O carinho de vocês é o meu combustível. Obrigado Lisboa!”

O concerto de celebração que teve como alinhamento o Multishow Ao Vivo: Ivete Sangalo 20 anos gravado em Salvador, fez levantar braços e pés com temas como “Na Base do Beijo: Quando eu te pegar, você vai ver”, “Dançando”, “Vejo o Sol e a Lua”, “Levada louca”, “Flor do Reggae”, “Esse amor que não sai”, “Quando a chuva passar”, “Faz tempo”, “Beijo de Hortelã”, entre outros.

Ivete Sangalo

Foi um show pleno de ritmos e de cor, coreografias contagiantes, cenários com animações diversas, mudas de indumentária. Houve também uma convidada em palco – a amiga angolana Pérola – com quem Ivete partilhou “Se eu não te amasse tanto assim” e “Deus te fez mulher”.

Dizer mais o quê?
Com uma energia que poucos acompanham (mas esforçaram-se), houve rasgos de Carnaval em plena Quaresma. Ivete gostaria de ter um Carnaval em pleno Chiado em que o trio elétrico se apresentaria num bondinho amarelo, com ela vestida de amarelo também. Num elogio à gastronomia portuguesa, explicou que não poderia passar quatro meses na preparação desse Carnaval, porque correria o risco de não caber na “vestimenta”!

Duas horas percorridas de show energizante, o encore traz uma versão do “Careless Whisper” interpelada com apelos a abraços e beijos. Para quem pudesse pensar que seria o final, vem o repto:

“Vamos junto porque hoje ninguém segura a maeinha. Vamos dançar? De ladinho”, (…) “Abalou, abalou/Sacudiu/balançou/coração é só felicidade/ abalou, abalou”.

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