Museu Judaico De Lisboa Com Luz Verde Para Avançar

O Museu Judaico de Lisboa já tem luz verde, a decisão foi formalizada ontem em Lisboa, com a assinatura de um acordo entre a Câmara Municipal de Lisboa, A Associação Turismo Lisboa (ATL), a Comunidade Israelita de Lisboa (CIL), a Fundação Lina e Patrick Drahi e a Associação da Rede de Judiarias de Portugal.

O novo museu, prometido há muito, vai ficar instalado no Largo de São Miguel, em Alfama, onde ficava a antiga judiaria e muito próximo da Igreja de São Miguel, e tem como objectivo mostrar e dar a conhecer o legado cultural e o papel dos judeus portugueses na História de Lisboa e de Portugal, tal como na da Diáspora, através de um acervo de testemunhos materiais e imateriais, que fazem parte da identidade cultural portuguesa.

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O novo equipamento cultural vai ficar instalado num edifício com dois corpos distintos, sendo o primeiro semelhante ao edificado residencial típico do bairro, e o segundo com uma fachada diferenciada, em pedra lioz e com um friso em baixo relevo que desenha a Estrela de David (e que se prolonga pela fachada lateral, na rua de São Miguel).

No seu interior vai conter um piso semienterrado, onde ficará instalada uma sala polivalente, a recepção e a loja. Nos pisos superiores ficará o espaço expositivo, e no último piso um terraço com uma cafetaria e incluirá também um centro de documentação.

O projecto museológico é da autoria de Esther Mucznik (antiga vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa) e terá uma área expositiva com objetos e imagens da cultura religiosa judaica (doados pela comunidade), e outra sobre o percurso dos judeus em Portugal, onde se vão realçar os aspectos positivos e os contributos da comunidade judaica ao país, mas onde também serão contados os períodos mais negros da História, como a inquisição, perseguições e expulsões, ao longo de cerca de 1000 anos da presença dos judeus no nosso país.

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Para além de dar a conhecer o legado judaico em Lisboa e Portugal, o museu pretende também dar a conhecer a sua relação com o restante território nacional e com o mundo, integrando também neste sentido, o projecto Rotas de Sefarad, uma iniciativa da Rede de Judiarias de Portugal (constituída por 9 municípios, 6 Entidades Regionais de Turismo e a Comunidade Judaica de Belmonte).

O projecto, orçado quase 5 milhões de euros, vai ter o apoio financeiro da autarquia através do Fundo de Desenvolvimento Turítico, sendo a gestão da ATL em articulação com a CML e a CIL – Comunidade Israelita de Lisboa, que também fica responsável pelo projecto arquitectónico, da autoria de Graça Bachman, pela constituição do acervo do museu e pela criação da Associação de Amigos do Museu Judaico de Lisboa, e está previsto abrir em 2017.

Autor:Texto de Elsa Furtado
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