O primeiro (dos primeiros) festivais de verão 2022 abriu com chave de ouro, numa celebração à música nacional e aos 30 anos de Ornatos Violeta. Volvidos dois dias intensos de música, alegria e o prazer dos reencontros, o North Music Festival fechou com a mesma chave de ouro e (direi eu!) o prazer de missão cumprida!
Pelo palco principal do JN North Music Festival passaram ontem, dia 28 de maio, os Keep Razors Sharp, os Cuca Monga, os GNR, os Waterboys e os The Jesus and Mary Chain, num dia dedicado às bandas e aos diferentes estilos musicais, com músicos que foram marcando diferentes gerações.
Eram apenas 19h10 e o coletivo Cuca Monga já atuava perante uma considerável plateia, numa noite que se adivinhava com recinto bastante completo. De acordo com a organização do evento, Vibes and Beats, a Alfândega acolheu no sábado cerca de 15 mil pessoas.
Rui Reininho Em Estilo Próprio
A banda portuense, com mais de 40 anos de palcos e de canções de sucesso, subiu ao palco às 20h20, com o pôr-do-sol magnífico e “sub-16” a inaugurar o rol de temas que a plateia sabe de cor. No alinhamento, “Vídeo Maria”, “Cadeira Elétrica”, “Quem?”, antes do tão esperado (e apropriado) “Pronúncia do Norte”, a que se seguiu “Quero que vá tudo para o Inferno”.
Rui Reininho manteve, ao longo do concerto, uma interessante e divertida interacção com os festivaleiros, com piadas mais ou menos fáceis, mais ou menos mordazes, num estilo (tão) próprio de quem já palmilhou muita estrada e já subiu muito palco. Nas palavras do vocalista, “Esta vida é um show” e o espetáculo continuou ao som de temas como “Efetivamente”, “Sangue Oculto” e, antes do último tema “Anali”, já Rui Reininho informava o público que «ao contrário das habituais 3 horas de concerto, como o Bruce ou o Pedro Abrunhosa, este é mais pequeno». Os GNR haviam de voltar e, mais uma vez, levar os festivaleiros a “sacar dos telemóveis” e a afinar as vozes ao som de “Dunas”.
A Escócia Dos Anos 80
Os The Waterboys subiram ao palco às 22h00 e Mike Scott fez questão de acolher os festivaleiros em português, «Boa Noite, Porto!» e de quando em vez reforçar o seu «Thank you» com «Obrigado».
Uma viagem pelo repertório da banda com mais de 40 anos e sucessos como “This is The Sea” ou “Fisherman’s Blue”, dois temas que deram aliás nome aos álbuns, ou dos mais recente “Still a Freak” ou “Blackberry girl”.
Certo é que a banda escocesa, entre o hippie e o cowboy style, que cruza rock, pop e country, manteve os festivaleiros animados e maravilhou os fãs, com excecionais solos de guitarra. Para o encore estava reservado o inolvidável “The Whole of the Moon”.
The Jesus and Mary Chain “vestiu-se” de preto para fechar o Festival. Numa revisitação pelos temas de sucesso da banda, o concerto escuro e lento, com som muito baixo e pouca interação da banda não conseguiu conquistar em pleno os festivaleiros. Os fãs da banda puderam, no entanto, ouvir e entoar temas como “Amputation”, “Cracking up” ou “Snakedrivers”.
JN North Music Festival, voltamos a encontrar-nos em maio de 2023!
Recorde os primeiros dias do festival:
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