Nova Exposição Matéria/Ação Leva Esculturas Dos Anos 60 E 70 Ao Seixal

A Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, na Quinta da Fidalga, no Seixal, inaugura hoje, dia 13 de abril, às 15h00, a exposição Matéria/Ação -Escultura e Vídeo dos Anos 1960 e 1970, composta por obras de arte da coleção privada da Fundação de Serralves, no Porto.

A mostra conta com com curadoria de Joana Valsassina, e integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves, e é a primeira exposição no âmbito da parceria entre o Município do Seixal e a Fundação de Serralves.

Matéria / Ação reúne um conjunto de esculturas das décadas de 1960 e 1970, que permite reconhecer aspetos centrais às práticas artísticas associadas à escultura abstrata britânica, ao minimalismo norte-americano e, sobretudo, ao pós-minimalismo e à arte processual que marcaram o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970, com profundas consequências para as gerações seguintes.

As obras escultóricas são apresentadas em diálogo com trabalhos em vídeo do mesmo período, evidenciando pontos de contacto e interferências entre os dois campos de criação que se desenvolveram, em grande medida, a par e par.

A exposição cruza trabalhos de figuras incontornáveis no panorama artístico internacional e obras de importantes artistas portugueses cujas práticas se desenvolveram em total sintonia com as experiências pioneiras que emergiam no contexto internacional.

As décadas de 1960 e 1970 foram palco de desenvolvimentos determinantes no mundo da arte, marcando o início da era contemporânea. As experiências internacionais deste período vieram revolucionar o campo da escultura, rejeitando a tradição figurativa e simbólica para abraçarem questões intrínsecas à prática escultórica, como a exploração da forma e composição tridimensional e a relação com o contexto envolvente, com o espaço e com o movimento do corpo. Em paralelo, a performance e o vídeo tornam-se meios de eleição pelo seu imediatismo e frontalidade, adaptando-se à postura experimental de vários artistas que procuram novas formas de criação para além da produção de objetos artísticos e que esbatem as fronteiras entre o seu quotidiano, o seu corpo e a sua prática.

A mostra estará patente até 17 de agosto de 2024, de terça-feira a sábado, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00, com entrada gratuita.

Autor:Texto de Ana Francisca Bragança
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