O Gosto Pela Arte Islâmica Para Ver No Museu Calouste Gulbenkian

O Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, apresenta a exposição – O Gosto pela Arte Islâmica (com diferentes perspetivas sobre a arte do fim do Império Otomano até à época que ficou conhecida como a Era do Petróleo) e Sarah Affonso e a Arte Popular do Minho (com pintura, desenho, bordado e cerâmica, inspirados na iconografia popular do Minho, região que marcou fortemente Sarah Affonso durante a sua infância e adolescência em Viana do Castelo).

O Gosto pela Arte Islâmica – Dos finais do Império Otomano à Era do Petróleo celebra os 150 anos do nascimento de Calouste Gulbenkian, reunindo um conjunto de obras-primas do núcleo de arte islâmica da sua coleção e de outras importantes coleções internacionais, como a do Museu do Louvre, do Metropolitan Museum of Art e do Victoria & Albert Museum.

Nascido no Império Otomano, Calouste Sarkis Gulbenkian foi educado na Europa e ao longo da sua vida conviveu com diferentes culturas, do Oriente e do Ocidente, quer no âmbito da sua atividade no campo da indústria petrolífera, quer na construção da sua coleção. A região do Médio Oriente ocupou um lugar central no seu percurso profissional e esta exposição lança um novo olhar sobre a sua coleção à luz da situação geopolítica em que as obras foram adquiridas: o declínio do Império Otomano, o colonialismo e as duas Guerras Mundiais.

A partir da coleção, dos livros e dos arquivos de Calouste Gulbenkian, bem como de alguns empréstimos-chave internacionais, esta exposição aprofunda as relações entre o colecionismo e a Realpolitik, identificando as notáveis sinergias entre as atividades colecionistas de Gulbenkian entre 1900 e 1930 e o conceito de ‘Arte Islâmica’, que ganhou forma nesta época, estimulando a criação de novos estilos artísticos e de novas formas de arte na Europa.

O fascínio de Gulbenkian pela arte persa, síria e turca é partilhado por outros colecionadores, como Jean Paul Getty e John D. Rockefeller Jr., que também faziam a sua fortuna na extração petrolífera e que rivalizaram entre si na procura de peças.
Esta exposição, com curadoria de Jessica Hallett, uma das responsáveis pelo núcleo islâmico do Museu Gulbenkian, vai permitir uma nova compreensão do inestimável património oriental que Calouste Gulbenkian reuniu ao longo da sua vida.

A exposição pode ser visitada até ao dia 7 de outubro de 2019, na Galeria Principal do Edifício Sede, de quarta a segunda-feira, entre as 10h00 e as 18h00, e tem entrada livre.

Autor:Texto de Ana Francisca Bragança
Artigo anteriorFeira De Agosto Dm Grândola Decorre De 22 A 26 De Agosto
Próximo artigoObras De Sarah Affonso Para Ver No Museu Calouste Gulbenkian

Leave a Reply