Rock in Rio – Dia 4: Brian Adams e Stevie Wonder encantaram e derreteram os fãs

Reportagem de Elsa Furtado, Sara Santos (fotos) e FM

Sob os auspícios de uma chuva miudinha, as portas do Parque da Bela Vista abriram-se e os visitantes correram em busca dos brindes enquanto os concertos nos palcos principais não começavam.

Por esta hora, a Rock Street era uma das zonas mais animadas e concorridas, com vários artistas de rua a animar o ambiente. Homens-estátua, malabaristas, bandas de jazz ao melhor estilo de Nova Orleães, cantores de jazz e blues no coreto, eram as principais atracções.

Entre uma ameaça de chove não chove, os artistas seguiram-se no Palco Sunset com os argentinos Los Pericos, a portuguesa Ana Free e os The Monomes, que já tinham uma audiência composta e animada à sua frente, os animados Amor Electro, que contaram com a companhia de Paulinho Moska, e interpretaram alguns sucessos como “Foram Cardos Foram Rosas”, “Faça Sangue”, o emblemático “Barco Negro”, e a encerrar um dos concertos mais animados e concorridos deste palco, em que o público não se coibiu de cantar e bater palmas, o mega-sucesso e bastião da banda “Máquina”.

Ainda no Sunset, os já habituées deste palco e deste festival, e velhos amigos de longa data e conhecidos do público – Luís Represas, João Gil e Jorge Palma. Gil e Represas recentemente reunidos começaram em jeito calmo e baladeiro mas foram aumentando o ritmo, especialmente com a entrada de Palma em palco, feita entre gritos e aplausos do público fã de longa data.

“Encosta-te a Mim”, “Portugal, Portugal” foram alguns dos velhos sucessos interpretados e que fizeram as delícias do público. Seguiram-se depois outros sucessos dos Trovante e Ala dos Namorados, como “Loucos de Lisboa”, “125 Azul”, “Amor é …” a partir do poema de Luís de Camões com o grupo brasileiro Toque de Classe, e mais algumas surpresas, que fecharam em grande e com muita animação as actuações no Sunset.

Entretanto, no Palco Mundo, os The Gift subiam ao palco com “Driving You Slow” e com eles uma regressada Sónia Tavares. Temas como “11:33”, “RGB” – altura em que foram lançados balões gigantes para o público,”Primavera”, “Fácil de Entender”, “Question of Love”, “Music”, entre outros sucessos em jeito de “Best Off”, e que agradou bastante ao público presente, que já estava muito animado.

Enquanto a noite caía, a britânica e encantadora Joss Stone animava as hostes no Palco Mundo perante uma plateia bastante numerosa. De roxo vestida e espalhando simpatia, interpretou “For God’s Sake”, “Karma”, “Tear Drops”, “Fell in Love”, “Stoned Out of My Mind” e “U Had Me”, entre outros temas que fizeram as delícias dos presentes, entre novos e antigos. Para o encore ficou guardado o tão bem conhecido “Right to be Wrong”.

E foi já noite cerrada, que cerca de 73 000 pessoas, (segundo dados oficiais) receberam entusiasticamente o canadiano mais apreciado pelos portugueses – Bryan Adams, depois de ainda o ano passado ter enchido o Pavilhão Atlântico.

“House Arrest”, “Somebody”, “Here I am” foram os primeiros temas que puseram logos o público entusiasmado. Nos restantes temas, o cantor contou com o acompanhamento dos fãs nas letras e com palmas, mostrando-se muito conhecedor das músicas. “Kids Wanna Rock”, o icónico “Summer of 69”, que levou a Bela Vista ao Rubro, o romântico “Everything I do” com os isqueiros acesos e já sem chuva a cair, “Cuts Life a Knife”, “Straight From the Heart” e a terminar o megasucesso “All for Love”.

Mais uma vez, e à semelhança do que aconteceu no Atlântico, Brian escolheu uma pessoa do público para cantar com ele “When You’re Gone” – coincidência ou não a escolha recaíu sobre Vanessa Silva, a Judy Garland de Filipe La Féria.

Um grande concerto, cheio de ritmo e boa vibração, ao melhor estilo do rock  and roll, e que terminou com “Beijinhos” – de Brian a relembrar a sua ligação ao nosso país.

E o dia caminhou para o último concerto da noite, com o público ansioso para assistir ao que se previa ser um grande concerto – o primeiro de Stevie Wonder e a sua banda entre nós, e não defraudaram as expectativas de quem por lá ficou … Stevie Wonder entrou em palco sem guia cerca da 1h00, só com a companhia de um órgão portátil, “Let Your Love Come Down “ foi o tema escolhido, seguido de “How Sweet It Is” e “My Eyes Don’T Cry”  – desta vez já ao piano e o público foi sempre acompanhando com palmas.

No quarto tema “Master Blaster”, Stevie brinca e interpreta pelo meio “Garota de Ipanema” e “Você Abusou … ” num português açucarado, e com harmónica, acompanhado por mais de 70 000 pessoas.

A noite prossegiu em grande ritmo, e com algumas temas mais intimistas como “When I Fall in Love”, “Golden Lady”, “I Wish” e o intemporal “I Just Called to Say I Love You”. Cerca de duas horas de um grande concerto, ao melhor estilo dos ritmos do soul, funk e rock, que terminaram com chave de hora este 4º e penúltimo dia de Rock in Rio 2012.

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