Soilwork, Kataklysm E Wilderun – Três Bandas Bem Distintas Mas Unidas No Metal

Reportagem de Tiago Silva

Soilwork

Também com pouco público se fazem grandes concertos. Foi o que aconteceu, na noite de 15 de fevereiro no LAV, com Soilwork, Kataklysm e Wilderun. Três bandas bem distintas mas unidas no metal.

Wilderun
Os Wilderun são uma das grandes bandas surgidas nos anos 2010. Praticam um prog com fortes influências de Opeth, mas com uma pitada Folk e orquestrações mais grandiosas que os Suecos.
Tendo lançado 3 discos em nome próprio, todos aclamados pela crítica, salientando Sleep at the Edge of the Earth e Veil of Imagination, foram finalmente assinados pela Century Media e lançaram Epigone, que serve de base a esta tour.

Uma banda de Prog tipicamente faz músicas extensas, o que leva a que os Wilderun só tenham apresentado 4 canções nos 45 minutos em que estiveram no palco, mas valeram muito a pena.
Começaram com “Tyranny of Imagination” do “Veil of Imagination”, um excelente arranque para uma LAV que nem pouco mais de 40 pessoas tinha. Foram aplaudidos assim que entraram no palco. Os poucos que estavam perceberam a importância da estreia da banda em solo nacional.
Seguiu-se “Identifier” e “Passenger” do novo disco. Aqui sentiu-se que o som poderia estar melhor, mas não impediu a banda de dar tudo.
Para finalizar “Far From where Dreams Unfurl”, com um dildo em forma de Torre Eifell como prop para a frase “Return to that from whence we came”.
Soube a pouco.

Foi uma excelente estreia, o som poderia estar melhor, mas são uma banda com um futuro por escrever e certamente passarão por cá mais vezes (esperamos nós).

Kataklysm
A diferença no som é avassaladora, muito mais presença das guitarras, a bateria muito mais forte, estava montada a máquina de guerra para rebentar com o LAV.
E foi só arrancar com a música que o circle pit arrancou também.
Ter um vocalista que não toca ajuda muito a puxar pelo público, mas nem era necessário no caso dos Kataklysm, o groove das canções põe toda a gente a mexer.

“Push the venom” e “Guillotine” iniciaram as hostilidades e o público nunca mais parou. São notórias as influências de Fear Factory. Unconquered é o disco que serve de base a esta tour e tivemos “Underneath the Scars” e “Killshot”

Uma banda com quase 30 anos, tem alguns álbuns clássicos e voltaram a 2005 para “Shadows and Dust” de onde tiraram “Where the enemy sleeps”, começou o crowd surfing, que teve o seu ponto máximo em “As I Slither” onde até enviaram uma rapariga para o palco para o head banging com o vocalista, que admitiu que está a ficar velho, ela fazia aquilo com mais vigor que ele.

Anunciaram um disco novo em Agosto e terminaram com “Blood in Heaven”. Um concerto demolidor, cheio de peso e um excelente som com uma grande participação do público.

Soilwork
Os cabeça de cartaz lá revelaram que era a primeira vez que atuavam em Portugal em nome próprio. Só tinham participado em festivais.

Longe da agressividade dos Kataklysm e da complexidade dos Wilderun, os Soilwork fazem acima de tudo boas canções. Cada vez mais melódicos, mas mantendo a agressividade, nota-se bem o contágio da Night Flight Orchestra.

Armados com o seu conjunto de ESP e um casaco de cabedal com penas deram um excelente concerto.

O novo disco Övergivenheten serve de mote a esta tour e arrancaram com a faixa título. Uma sala já mais composta, mas que na realidade não teria mais que 40% do LAV, para a qualidade das bandas em cartaz tinha muito pouco público.

Não deixaram de fora clássicos, muito cantados pelo público, como “Stabbing the drama”, “The living infinite”, mas há canções novas a cantar “Valleys of Gloam” e “Harvest Spine” demonstram que Björn “Speed” Strid é um excelente vocalista e frontman.

Relembraram o malogrado David Andersson, guitarrista da banda durante 10 anos e falecido no ano passado, com “The Nurturing Glance”.

Para encore tivemos “The ride Majestic”, “Arrival”, “Nerve” e a excelente “Stålfågel”.

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