The Script Em Uníssono Em Lisboa

Reportagem de António Silva (fotografia) e Tânia Fernandes (texto)

The Script em Lisboa
The Script

Um concerto com os maiores sucessos da banda foi receita de sucesso. O Campo Pequeno esgotou a lotação, com semanas de antecedência e acompanhou, em uníssono, o regresso dos The Script.

A noite de sexta-feira foi também a última da digressão europeia dos irlandeses, que iniciou em março. Danny O’Donoghue, o vocalista, a determinado momento do concerto referiu que cada noite de concertos que deram foi maior e melhor. Deixaram grandes elogios a Lisboa, cidade onde gostam sempre de voltar. Atuaram na Altice Arena, em março de 2018 e no mesmo espaço, em abril de 2015, além de outras passagens em festivais.

A noite começou com talento nacional. Joana Almeirante é natural de Santa Maria da Feira e integrou a banda de Miguel Araújo. A artista prodígio lançou, este ano, a sua carreira a solo e apresentou-se, esta noite, no Campo Pequeno, em formato voz e guitarra, com temas originais e uma cover (“If It Makes You Happy”, de Sheryl Crow).

Com simplicidade e simpatia, conquistou o público, que já conhecia alguns dos seus temas: “Bem Me Quer”, é genérico da telenovela da TVI com o mesmo nome. Apresentou ainda “Tão cedo não é amanhã” e fechou com “Mera Ilusão”.

A minutos das 21h30, os The Script ocuparam o palco e entraram em força, com “Superhero”. Um primeiro banho de confetis deu o mote de uma noite que se fez para cantar em coro e dançar.
“Bem vindos ao último espetáculo da tourné. Vamos fazer chover!” cumprimentou Danny O’Donoghue ao introduzir “Rain”, um tema em que o vocalista começou a tocar guitarra, mas acabou por ficar a dançar e pular com o instrumento pendurado às costas!

Foi sempre trocando umas palavras com o público, com o seu sotaque irlandês cerrado, entusiasmado por estar mais uma noite em palco. Não mostrou sinais de fatiga, antes de euforia e prometeu pintar a cidade de Lisboa de verde com “Paint the Town Green” uma canção que reflete a tradição popular da sua terra Natal. Depois de novo banho de confetis para cima do público, acabou por descer à plateia e ganhar proximidade, sempre a tocar um tambor de mão.

Acaba sentado na beira do palco, mais uma vez a partilhar os seus sentimentos que rematam na paixão da banda por Lisboa. Apresentou o tema seguinte “The Man Who Can’t be Moved” como “a música que mudou a nossa vida”. Depois de percorrer todo o palco a cantar e a dançar termina exatamente no sitio onde começou: sentado, na beira do palco, a ganhar (ainda mais) proximidade com o público. Os aplausos (acompanhados de gritos) tornaram-se ensurdecedores no final do tema, por longos minutos. Agradecido, diz que foi a melhor noite da digressão. “Só queríamos voltar aqui para tocar para estas pessoas incríveis!.

Antes de “Before The Worst” conta como conheceu o baterista. “Apesar de vivermos relativamente perto, conhecemo-nos em Los Angeles, num karaoke”.
Os músicos atravessaram depois a plateia e “estacionaram” no outro lado do recinto, na base do balcão. “If You Could See Me Now” foi dedicada a todos os que já nos deixaram, numa enfâse a estes anos recentes e à fase da pandemia.

A música seguinte, “Nothing” fo antecedida de um momento tragico-comico. “Alguém que quer dar o telemóvel para eu ligar a um ex-namorado ou ex-namorada? E sim, alguém se prontificou de imediato. A ex-cara metade não só entendeu o telemóvel, como teve dedicatória especial a canção cantada ao vivo por todos!.
The Script regressaram ao palco principal, onde retomaram com “Something Unreal” ao qual juntaram um efeito de protecnia. “Arms Open”, “Talk You Down” e “For the First Time” foram cantadas em uníssono. Em “Talk You Down” não passou despercebido o momento em que Danny O’Donoghue troucou o verso “Gonna stay with friends in London” por “Lisbon” e o público reagiu de forma imediata e efusiva.

“For the First Time” terminou com o campo pequeno a cantar em conjunto “Oh, these times are hard/ Yeah, they’re making us crazy/ Don’t give up on me, baby”. A banda acenou um adeus, saiu de palco, as luzes apagaram-se e ficaram só as dos telemóves ligadas, com o público a cantar. Ninguém se calou até voltarem a entrar em palco.
“No Good in Goodbye”, “Breakeven” e “Hall of Fame” echaram o concerto em grande festa, com as cores da bandeira da irlanda, a caírem sobre o público em forma de confetis.

Antes de sair, deixou palavras de encorajamento a quem assistia “A vida é curta demais. Descubram o que gostam e façam isso até morrer!”. Chamou ainda toda a equipa técnica ao palco para um grande aplauso, antes de sair, com a promessa de que regressam em 2023.

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