A banda australiana conseguiu, finalmente, chegar a Portugal depois de dois anos de paragem forçada. A noite de sexta feira foi de dança, no Coliseu de Lisboa, com Cut Copy a marcar o ritmo.
Freeze, Melt o mais recente trabalho de Cut Copy, foi lançado em 2010, mas só agora é que o conseguem apresentar ao vivo. O entusiasmo por estar de volta a Lisboa, não podia ser maior, e traduziu-se no mais grandioso dos elogios: “Lisboa é a nossa cidade preferida do mundo! Obrigada por nos receberem!”. Ao longo da carreira, tem sido habitual a presença em festivais.
O alinhamento do concerto juntou alguns dos novos temas aos êxitos de um percurso que soma já vinte e um anos. O grupo que tem alguns temas pop a tocar no rock, deu um concerto mais próximo da eletrónica, muito dançável e marcado pelo domínio dos sintetizadores. A ausência do guitarrista Tim Hoey no concerto, em muito contribuiu para esta mudança. Os colegas esclareceram que um problema de saúde impediu-o de continuar em digressão pela Europa.
Abriram com “Standing In The Middle Of The Field” para um Coliseu que concentrou o público na plateia, a dançar. Dan Whitford assumiu o papel de maestro, a agitar ou acalmar o público, de acordo com a sua pauta. De braços no ar, a maior parte do tempo, e a dançar, foi o Dj de serviço e não deu espaço a que caíssem os ânimos.
Seguiu-se “All The Girls” (com uma guitarra a espreitar, nas mãos de Ben Browning) e “Take Me Over”.
“A próxima música é do último álbum” anunciou Dan Whitford, antes de introduzir “Cold Water”. “Tínhamos planeado vir tocá-las há uns anos atrás, mas meteu-se uma pandemia pelo meio… Estamos cá agora. Espero que gostem!”. Com os “Obrigado” já com o sotaque português bem treinado, conduziram o público durante cerca de hora e meia pelo baile.
Seguiram-se ” Out There on the Ice” e “Let Me Show You Love”. Depois de duas tentativas falhadas, arrancaram mesmo para “Like Breaking Glass”. Mais á frente, um dos momentos altos da noite foi com “Lights and Music”, que o público cantou do principo ao fim.
Despediram-se no fim de “Need You Now” (quase irreconhecível, de tão dançável. Mais parecia um remix) e foi no regresso, para encore, que deixaram elogiosas palavras ao público português e à cidade de Lisboa.
“Hearts on Fire” deixou o público bem quente para continuar a dançar por qualquer uma das pistas de dança da capital.
