O investimento orçado em 2 milhões de euros servirá para renovar as cadeiras da sala, criar novos e modernos camarins, uma sala de ensaios e a aquisição de equipamentos de palco e um monta-cargas com acesso direto ao palco. No projeto incluem-se ainda instalações sanitárias e a recuperação de toda a decoração, pinturas e madeiras originais.
O edifício ganha também novas valências, como o espaço Café-Concerto, no primeiro piso superior, com capacidade para 300 pessoas; a recuperação do lounge da Rua Manuel Jesus Coelho e a dedicação dos espaços do alçado da Avenida da Liberdade para o acolhimento de duas lojas de moda de prestígio internacional.
Ao investimento da UAU, que adquiriu o edifício em 2012, juntam-se os contributos do BBVA, CIN, Sanitana, Siemens, Revigrés, LG e Nobilis, bem como a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Santo António.
O hoje conhecido como Cine Teatro Tivoli BBVA nasceu em 1924, pelo sonho de Frederico de Lima Mayer, sendo o projeto concebido por Raul Lino. Tida como a melhor sala do país, teve uma companhia de teatro residente criada em 1925, recebendo as mais famosas companhias de dança e orquestras mundiais.
Depois de várias tentativas de transformação em hotel ou espaço comercial, o edifício foi considerado Monumento de Interesse Nacional já em 2015, passando a ser o único monumento português, privado, dedicado às artes.
Texto de Alexandra Gil