De 17 a 21 de janeiro, o Teatro Carlos Alberto, no Porto, acolhe uma nova leitura de Embarcação do Inferno, de Gil Vicente, o mais estudado auto do Livro das Obras e também um ápex do teatro europeu do final da Idade Média. A nova abordagem fica a cargo de duas entidades que têm vindo a explorar a obra do dramaturgo – Escola da Noite de Coimbra e o eborense Cendrev –, sendo que o espetáculo é coencenado pelos diretores artísticos das duas companhias – António Augusto Barros e José Russo.
No programa da peça, José Augusto Cardoso Bernardes salienta a atualidade do texto de Gil Vicente: “pela mão qualificada, segura e inventiva da Escola da Noite e do Centro Dramático de Évora, ficamos em condições de problematizar temas de sempre: Morte e Vida, Mal e Bem, Ter e Poder. E, para tal, nem sequer precisamos de sair completamente do século XXI. Com os pés assentes no nosso tempo, bastará alongar o ouvido e apurar a visão para escutar a sensibilidade e a moral de um outro tempo que, afinal, não está ainda tão afastado de nós como pode parecer.”
Com encenação de António Augusto Barros e José Russo, o espetáculo conta com figurinos e bonecos de Ana Rosa Assunção e interpretação de Ana Meira, Igor Lebreaud, Jorge Baião, José Russo, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Rosário Gonzaga e Rui Nuno.
O espetáculo vai estar em cena quarta-feira, às 21h00, quinta e sexta-feira, das 15h00 às 21h00, sábado às 19h00 e no domingo às 16h00. Os bilhetes custam 10 euros.
