O Festival Rescaldo está de volta de 20 a 28 de fevereiro, com espetáculos na Culturgest e na Galeria Zé dos Bois, a 8ª edição do festival conta com 11 concertos cuja estética de programação passa pela “divulgação de bandas e projectos menos conhecidos do público assim como a enfatização de nomes de referência”.
A organização disse em conferência de imprensa que pretende promover um festival “multifacetado, abrangente, e focado em música exploratória e inovadora”. Para tal, as propostas apresentadas marcam o fortalecimento da presença de bandas da região norte do país, pois considera a organização do festival que de momento o norte está a “fervilhar com imensos projectos inovadores”, como a Nova Orquestra Futurista do Porto ou os Gesso, de Santo Tirso. Além disso, menção também para o número recorde de artistas no feminino que vão passar pelos palcos do Festival Rescaldo.
O certame vai arrancar no dia 20 de fevereiro, no Pequeno Auditório da Culturgest, com concertos de Vicente & Marjamaki e da já mencionada Nova Orquestra Futurista do Porto. Enquanto os primeiros, com recurso a trompete e a sons electrónicos, entre outros, vão apresentar um espectáculo “inspirador de uma dança quieta e fortemente melancólica”, a NOFP promete um “espectáculo encenado com uma parafernália de instrumentos e componente visual”, desde sons de motores a jogos de consolas, que não deixa de revisitar as proposições já centenárias do futurista Luigi Russolo. No dia seguinte, sábado 21, espaço para “um dos dias mais fortes do festival”: com a presença dos Coclea que apresentam o álbum homónimo lançado recentemente e de Lula Pena, “um caso de culto, quase como um ritual de elevação”, que vai apresentar um espectáculo intimista de “colagens de memórias, individuais e colectivas”.
O Rescaldo regressa na semana seguinte, quinta-feira 26, com o dia mais ruidoso a ter lugar na Galeria Zé dos Bois (ZDB). As honras serão dadas pelos Gesso, uma grande promessa da música nacional e a actuarem pela primeira vez em Lisboa; e pelos Caveira, projeto de cultura underground cujos concertos frequentemente se tornam apoteóticos. No dia seguinte, o festival retorna ao Pequeno Auditório da Culturgest para mais dois grandes concertos. Con Con + Joana Guerra prometem um espetáculo em que a música tem igual peso ao jogo visual misturado na hora por Mariana Marques, que recupera técnicas dos anos 70; e depois, La La Ressonance fecham o dia com um pós-rock “num todo instrumental de rara coerência”. A finalizar, no dia 28 de Fevereiro, entram em cena duas bandas de Braga: os Quest, projecto de Joana Gama e de Luís Fernandes; e os Estilhaços, que contam com a voz de Adolfo Luxúria Canibal, vocalista dos Mão Morta. Enquanto isso, e em jeito de encerramento do Festival Rescaldo, concerto na Cafetaria da Culturgest do projecto Sumbu Dunia.
Os bilhetes diários custam 6 euros e para quem comprar bilhetes para os 4 dias tem 40% desconto do espectáculo na Culturgest, e estão à venda nos locais habituais.
Por Pedro Lemos
