Gaerea E Okkultist – Noite Histórica No LAV

Reportagem de Tiago Silva e António Silva

Gaerea
Gaerea

No dia 31 de março de 2023 presenciámos um concerto no LAV, dos Gaerea, em nome próprio. Uma daquelas noites que vai ficar na história do Metal nacional. Sim, não se faz a coisa por menos porque foi especial.

Okkultist
A banda de Lisboa, formada em 2016, veio apresentar o novo disco O.M.E.N. para cerca de 30% do LAV.
A banda, que pratica um death metal na veia de Arch Enemy, arrancou com “Death to your breed”.
Foram ao disco anterior, Reinventing Evil, buscar “Back from the dead” e conseguiram uma atuação enérgica que agradou aos poucos presentes na sala.
São uma banda jovem, com excelentes instrumentistas e competência, certamente irão crescer e são um nome a acompanhar.
A maturidade demonstrada no disco novo dá boas indicações para o futuro.

Gaerea
Os Gaerea são, sem dúvida, um nome maior no Metal nacional neste momento.
Acabados de voltar dos USA, onde tocaram com os lendários Rotting Christ, os Carach Angren e Uada. Já estão entre os grandes nomes do metal mundial.
São um dos grandes nomes porque são uma banda única. E deram um espetáculo único.
Desde o primeiro disco homónimo que chamam a atenção, mas foi o Unsettling Whispers que os colocou no mapa, valendo um contrato com a Seasons of Mist.
Este disco, que é um marco no metal nacional, revelou uma banda que transmitia nas suas letras e música uma atmosfera única, recheada de medos, angústias, riffs cortantes e blast beats poderosos.

A acompanhar com uma forte componente visual e o anonimato mostravam uma banda que, não era só uma banda, era um caso sério na arte nacional.
Este fulgor e atmosfera foram apresentados no LAV, perante cerca de 70% da casa, num concerto fascinante de luz, som e arte. Arte, obviamente na música que fazem, mas também na teatralidade que o vocalista entrega à interpretação.

Arrancaram com luzes azuis sobre o fundo dourado da capa do Mirage, disco novo.

“Mantle” lançou o concerto histórico, “Deluge”, “Salve”, todas do Mirage, acompanhadas com precisão pelos músicos, entre blast beats e riffs havia um ator que encarnava todo o sentimento das letras, que dançava, puxava pelo público com vários “Lisboa” e o público respondeu.
Ovação atrás de ovação, mosh, crowd surfing, no palco vamos a “Unsettling Whispers” com “Absent”, mas “Limbo”, não foi deixado de fora e tocam “Conspiranoia” e “Null”. Simula-se a morte e a ressurreição com blast beats, entregam o seu símbolo ao público que o segura alto.
O frontman salta para o público e cantam juntos, há gritos de “Gaerea”, celebra-se termos mais uma banda única em Portugal.
Terminaram com “Urge” um concerto fantástico, de uma banda fantástica, que certamente daqui a anos será mencionado com um “Eu estive lá e foi brutal”.

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