No CS Vintage Do Pinhão À Descoberta Das Vinhas E Do Rio Douro

cReportagem de Tânia Fernandes e António Silva

A vista, da varanda do quarto do hotel CS Vintage do Pinhão, é perfeita. Estamos à beira do Douro, junto ao cais onde acabaram de chegar os barcos de cruzeiro que também vão aproveitar a tranquilidade destas paragens para embalar o sono. Em frente, as linhas verdes de vinha contornam de forma regular os montes.

O que se vende nos postais turísticos é o que encontramos aqui. A tranquilidade do ambiente, a beleza da paisagem, a simpatia das pessoas, a riqueza gastronómica e a excelência dos vinhos. A presença britânica sente-se no espaço, conservador, de decoração clássica e pormenores requintados. No jardim respira-se ar puro e saboreia-se a temperatura amena. Uma piscina, abrigada, convida a um mergulho seguido de um banho de sol, sempre com os socalcos na mira.

A localização, com vista privilegiada é razão mais do que suficiente para fazer aqui uma paragem mais prolongada. Grande parte de produtores encontram-se nas imediações, fazendo com que este seja um bom sitio para ficar e conhecer, a partir daqui, a região.

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O restaurante Rabelo, no hotel, é uma boa opção para quem se encontra hospedado. Servem refeições a la carte, mas disponibiliza também um interessante menu de degustação, ao jantar, dedicado a um produtor da região. Assim, em maio, o produtor é a Quinta do Portal cujos vinhos são apresentados à refeição, acompanhando a gastronomia local. A refeição abriu com um espumante blanc brut e com as “boas vindas do chefe”: uma boa variedade de pães, folar de valpaços e azeite. Seguiu-se uma entrada fresca de Carpaccio de Atum com Pesto acompanhado de Portal Douro Rosé 2013. Um aconchegante Lombinho de Porco com Ameixa, Espinafres e Batata Assada chegou de prato principal, combinado com um tinto Quinta do Portal reserva de 2010. Um Moscatel reserva de 2004 acompanhou o momento mais doce da refeição: Tarte de Laranja com Favas de Cacau e Gelado de Chocolate.

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O que não vem no menu, mas é conselho a seguir, é depois da refeição, sair pelo portão do jardim e dar um passeio pelo cais do Pinhão. Viver o Douro é passar por aqui e sentir a quietude. Admirar a paisagem e saborear a calma. Vale a pena, durante o dia, espreitar a estação de caminhos-de-ferro do Pinhão, decorada com 24 painéis de azulejos, em tons de azul, que retratam paisagens do Douro e as etapas das vindimas. Os azulejos são da autoria de J. Oliveira e foram encomendados à fábrica Aleluia, de Aveiro, em 1937. No regresso ao hotel, é entrar na loja de vinhos e percorrer todos os rótulos, com um copo de prova na mão, e pedir para que o tempo passe mais devagar.

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