O Teatro São Luiz recebeu este fim-de-semana a 12ª edição da Festa do Jazz: evento que reúne anualmente diversos nomes do panorama jazz nacional (e internacional) e que presenteou os espectadores com excelentes actuações durante os dias 5 e 6 de abril.
A cerimónia de abertura, realizada no Hot Clube Portugal na passada sexta-feira, contou com a actuação do trio Zamora / Barretto / Salgueiro. Já no Sábado, os conjuntos Daniel Bernardes Trio + 1 e Miguel Moreira Sexteto, inauguraram os concertos do Teatro-Estúdio Mario Viegas.
Mais tarde, o septeto multinacional encabeçado pelo guitarrista Nuno Ferreira tocou na sala principal do São Luiz, seguido do contrabaixista João Hasselberg, acompanhado de talentos portugueses dentro e fora do jazz (destaque para as vozes Luísa Sobral e Joana Espadinha).
A terminar as atuações do dia, o pianista nova-iorquino Jacob Sacks apresentou o resultado criativo de uma residência artística em Lisboa com um grupo de jovens artistas nacionais.
No domingo, o Teatro-Estúdio Mario Viegas foi ocupado pelos conjuntos portugueses Powertrio e Liftoff. De volta à sala principal do São Luíz, André Fernandes apresentou o projecto Wonder Wheel, com quatro instrumentistas nacionais, e no qual se salienta a participação do pianista Mário Laginha.
O concerto seguinte deu-nos a conhecer o projecto Ficções, um quinteto com nota alta na exploração de sonoridades latinas e world music. Por último, o alemão Steffen Schorn liderou um conjunto de onze instrumentistas portugueses na apresentação do Universe of Possibilities. No âmbito de um programa de tutoria em colaboração com o Goethe Institut, Steffen Schorn assumiu o papel de maestro e intérprete, guiando os jovens músicos numa mistura entre o estilo clássico e o improviso do jazz.
O festival terminou com a cerimónia de entrega de prémios aos alunos das escolas de música, no Jardim de Inverno, espaço onde os mesmos tocaram sucessivamente durante as duas tardes. Premiados no ano anterior, os grupos Brainstorming e Ensemble de Jazz, do Conservatório de Música de Jobra fecharam as atuações mais tardias do Jardim de Inverno.
A produção esteve a cargo da Associação Sons da Lusofonia e do São Luiz Teatro Municipal, com colaboração do Hot Clube de Portugal e Teatro do Bairro.
A Festa do Jazz despediu-se por mais um ano, reforçando a convicção de que o jazz português está vivo e de boa saúde. Aguardamos ansiosamente pela edição seguinte.
