Menus de Preço Fixo Chegam ao Petit Palais de Olivier

Petit Palais
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[dropcap]O[/dropcap]livier está a abrir a porta de um dos seus espaços mais exclusivos, com a introdução de menus a preço fixo no Petit Palais. A intenção é de desmistificar a ideia de que é quase inacessível fazer uma refeição neste requintado palácio. Por 35 euros, sem bebidas, tem acesso a três entradas e um prato à escolha de entre quatro sugestões.

Trazer mais movimentos à casa e lançar menus de degustação “a relembrar os velhos tempos do Bairro Alto” é como Olivier nos apresentou esta novidade. O objetivo é dar a conhecer a alta gastronomia do restaurante, bem como as condições excecionais e o serviço de excelência. “Quero que as pessoas saiam daqui mesmo satisfeitas, que comam bem, como se estivessem em casa, mas num espaço com estas características únicas” explica-nos Olivier. O conceito de partilha e de degustação está sujbjacente a esta nova iniciativa. “As pessoas servem-se e dividem pratos, como fazem no conforto do lar. Por exemplo, um casal, vai ter na mesa seis entradas e pratos que são servidos de forma a que os possam partilhar” acrescenta.

A nova carta já foi elaborada com a colaboração do novo chefe Aimé Barroyer, com quem Olivier encontrou grande cumplicidade. Mantendo como base os sabores típicos da cozinha francesa, juntaram novas propostas que vêm ao encontro da estação, sem retirar alguns emblemáticos como o Lombo de novilho Wellington ou o Tártaro de lombo de novilho. As carnes de cozedura lenta serão uma novidade muito em breve, como nos confidenciou Olivier.

Assim nas entradas, chegaram novidades de acordo com a época, como Terrine de foie gras de pato e cebola em vinho do Porto; Sopa de cebola gratinada com trio de queijos; Velouté de abóbora, castanha e Bayonne, Duo Ovo cocotte ou Lentilhas mornas, pato confitado, endívias e maçã, mas também um toque frescura e de mar como o Caranguejo real no cocktail Petit Palais.

Antes de pegar na carta a sugestão de aperitivo faz-se com um Whisky sour, que vem servido à mesa de forma original: num fresquíssimo balde de gelo, com o cantil ao lado do copo, para que a bebida seja reposta de acordo com a necessidade.

Petit Palais

Seguiu-se um Crepini de lavagante, um dos clássicos da casa. Trata-se de um crepe estaladiço, bem recheado da iguaria do mar, com espinafres. A Bouillabaisse faz uma caldeirada ou Bacalhau lascado e ovo escalfado a cavalo são as novidades desta nova carta em matéria de peixe. Na carne foram introduzidos pratos daquela que é considerada a carne mais tenra do mundo: o wagyu, nas variantes de Tártaro do Wagyu e caviar ou Vazia de Wagyu. Foi-nos sugerido o Frango do campo rôti. E pensar em pedir a perna, a coxa ou o peito, é desperdiçar energia. É montada uma mesa de apoio ao lado e o frango assado vem inteiro para a mesa, é desossado à vista de todos., e pode ali à vista optar pela porção que mais lhe enche o olho. Tenro, saboroso e suculento, como poucos. Acompanha com brócolos ao vapor com amêndoas e um puré delicioso.

Petit Palais

Há restaurantes que abandonam as sobremesas. Neste pequeno palácio os doces são irrecusáveis. Conferem pontuação máxima tanto em paladar como apresentação. O Macaron com crème de lichias e framboesas, a Fatia dourada de brioche com gelado de baunilha ou o Paris-Brest com crème de praliné transitam da última carta. Felizmente, acrescentamos nós.

O Petit Palais encontra-se situado no antigo palacete de Medeiros e Almeida, que foi a casa privada de António Medeiros de Almeida, homem de negócios e um dos maiores mecenas de arte em Portugal. Fica paredes meias com o interessante Museu gerido pela Fundação, onde se encontra exposta uma diversificada coleção de arte. A entrada da casa é a receção do restaurante, ambiente acolhedor e requintado, decorado em tons luxuriantes. No piso superior encontramos alguns espaços reservados e uma zona de toilette digna de um palácio real. Atravessamos um bar que permite um compasso de espera, antes de mergulhar num glamoroso jardim de inverno. Poderia ser Paris, com um toque refinado e quase aristocrata, mas é mesmo Lisboa. E a simpatia e disponibilidade de quem nos atende, permite encostar o nível de cortesia. Há recantos para quem pretende partilhar esta experiência a dois, mas há também espaço para grupos. Luz pouco intensa e música de fundo, mantém o ambiente dentro de uma tranquilidade confortável.

Olivier promete mais novidades, em breve, para este seu Petit Palais. Aos domingos, vai passar a ser possível pedir uma carta especial de fondue, a funcionar ininterruptamente entre as 12h30 até às 23h30, de forma a dar resposta àquele dia da semana que não se fez para cumprir horários. “Vai haver um preço fixo, entre os 30 e os 40 euros, em que os clientes vão ter direito a à carne para o fondue, molhos, saladas e sobremesa”. E a ideia é que se deixem ficar, sem pressas, a apreciar a refeição em agradável modo de convívio.
Por reserva, dada a limitação de equipamentos, vão também estar à disposição refeições de raclette. Este prato típico da Suiça é semelhante ao fondue, mas utiliza o queijo com o mesmo nome. Na sua preparação, o queijo é aquecido e raspado sobre os pratos dos comensais.

Quem não gostaria, pelo menos por uma vez, de jantar num pequeno palácio?

O Petit Palais fica localizado na Rua Rosa Araújo, nº37. Abre de segunda a sábado, das 19h00 às 00h00. O bar encontra-se aberto até às 03h00.

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

 

 

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