Poesia Espacial de Salette Tavares em exposição no CAM da Gulbenkian

Poesia Espacial de Salette Tavares no CAMLetras feitas em arame, encadeadas umas nas outras e suspensas num móbile, projetam a sua sombra nas paredes envolventes. “Maniquim” é uma das obras de Salette Tavares, à entrada da exposição Poesia Espacial, na Galeria de Exposições Temporárias do CAM da Fundação Gulbenkian. Exemplo de uma linha criativa que encontra nas letras a sua forma de expressão. Já com palavras formadas, encontramos mais à frente, “Bailia”, uma espécie de poesia em bailado, com as estruturas suspensas e que se pode movimentar com a deslocação de ar.

Formada em Filosofia e Estética, Salette Tavares (1922-1994) começou por se destacar na década de 1960, no contexto da poesia experimental.
Sem nunca abandonar a reflexão teórica, a sua obra cruzou a produção literária e a prática artística, configurando-se como um território duplamente contaminado que se estendeu à poesia visual, à espacialização dessa poesia através de uma exploração tridimensional, e à produção de objetos.
A exposição na Galeria de Exposições Temporárias do CAM pretende dar a conhecer o percurso desta artista, apresentando os diferentes desdobramentos da sua obra. Nesse sentido, encontram-se aqui reunidos trabalhos, alguns deles inéditos, desenvolvidos em múltiplos domínios. Algumas peças que se encontravam danificadas foram propositadamente reconstruídas para esta exposição.

Poesia Espacial tem curadoria de Margarida Brito Alves e Patrícia Rosas e pode ser vista até dia 25 de janeiro de 2015. A entrada é livre.

 

Reportagem de Tânia Fernandes

 

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