Fantástico, Maravilhoso, Emocionante é assim que podemos começar a descrever a versão de Filipe La Féria de As Árvores Morrem de Pé, que estreou ontem à noite no Teatro Politeama, em Lisboa.
Com um elenco recheado de estrelas, que atravessa várias gerações, destaque para as atuações de Manuela Maria no papel da Avó Eugénia, Ruy de Carvalho – no do Avô Fernando – um casal idoso muito amoroso, Maria João Abreu no de Teresa / Isabel e Carlos Paulo no do Neto Maurício / Senhor Diretor, um quarteto de peso que nos faz rir, sorrir, pensar e até chorar, numa peça verdadeiramente encantadora.
A peça começa a meia luz, com uma ponte ao fundo, é noite. Por aqui vão passando personagens misteriosas, são atores, membros de um grupo, que acredita na ilusão e em mudar a vida das pessoas, estão preocupados com Teresa, uma rapariga de olhos tristes, sozinha e desiludida… e tudo vão fazer para a animar e dar a volta à sua vida… a partir daqui os acontecimentos vão se sucedendo, até à parte principal da estória, que tem lugar na casa dos avós Eugénia e Fernando.
Da autoria do espanhol Alejandro Casona, esta peça fala-nos da ilusão, do poder da verdade e da mentira, dos seus efeitos, da felicidade, do Amor, da Amizade e do que fazemos para fazer felizes aqueles que amamos.
Cheia de subtilezas e ironias, com um humor refinado, que os atores escolhidos para os respectivos papéis enriquecem ainda mais, esta peça é uma grande aposta de Filipe La Féria e também um grande momento de teatro, que vale mesmo a pena ir ver.
Pelo texto, pelos atores, pelas interpretações, pelo cenário, pelo guarda roupa, tudo são razões para ir ver esta peça, que é muito mais que uma comédia, e tal como Filipe La Féria salientou na apresentação, “É uma peça que nos faz pensar e reflectir”. Faz-nos rir, sorrir e emocionar.
Integram ainda o elenco Hugo Rendas – no papel do verdadeiro neto, Paula Fonseca, Ricardo Castro, Rosa Areia, João Duarte Costa, Patrícia Resende, João Sá, Pedro Goulão e Francisco Magalhães.
