Ruínas Romanas de Tróia – um património a descobrir

Troia_05Onde hoje encontramos um dos mais aprazíveis locais de lazer, entre mar e rio, em plena integração com a natureza foi, no século I, um poderoso centro industrial, com produção calculada à escala de um império. Falamos de Tróia e das Ruinas Romanas cujos vestígios nos permitem, atualmente, conhecer um pouco melhor esta população que se fixou numa das margens do rio e aí desenvolveu um negócio estratégico, aproveitando a riqueza em peixe do Atlântico e a excelência do sal das margens do Sado.

“O seu elemento mais característico são as oficinas de salga, com tanques onde se preparariam as conservas e molhos de peixe, entre os quais o famoso garum muito citado pelos autores latinos. Estes produtos, envasados em ânforas fabricadas na margem norte do estuário do Sado, eram levados de barco para Roma e outras regiões do Império Romano” explicou-nos a arqueóloga Ana Patrícia Magalhães, que nos guiou nesta visita ao passado.

O percurso levou-nos ainda a conhecer as termas, que dariam apoio à classe dirigente do negócio, a zona habitacional, onde terá vivido a população (estima-se que cerca de 1500 pessoas), um mausoléu e necrópoles com diferentes tipos de sepulturas. Um dos núcleos mais interessantes, acessível nas visitas guiadas, consiste nas paredes pintadas a fresco, da basílica paleocristã, cujas ruinas estão ainda a ser objeto de recuperação e estudo. Este templo localiza-se nas imediações da Capela de Troia, que nos dias de hoje, continua a ser palco de devoção dos pescadores, durante três dias em agosto, a propósito da Romaria da Nossa Senhora do Rosário de Tróia.

Este núcleo, aberto ao público em 2010, é apenas uma pequena parte das ruinas existentes ao longo da orla, por cerca de 1,5 km. Integrado no complexo turístico do Troia Resort, as Ruinas Romanas de Troia são um monumento classificado desde 1910. Um protocolo estabelecido com o estado Português em 2005 tem permitido não só o estudo, a promoção de trabalhos arqueológicos nas ruinas como também a abertura ao público. O percurso de visita tem painéis explicativos nos principais pontos de interesse, com desenhos de reconstituição do local à época. A basílica paleocristã só é visitável com o acompanhamento de uma arqueóloga nas visitas guiadas, cujo horário é indicado em seguida. É possível acordar outras datas e horas para visitas de grupos e é acessível a pessoas com mobilidade reduzida.

O horário das visitas, de setembro a maio é aos sábados, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 17h30. E de junho a agosto, de terça-feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h30 (exceto durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário de Tróia).

O bilhete normal custa 5 euros ou 4 euros para clientes Troiaresort, estudantes, maiores de 65 anos e grupos. Até aos 14 anos a entrada é gratuita.

As visitas guiadas, entre outubro e maio, decorrem no 1º sábado de cada mês, às 15h00 (em Maio a visita guiada será excecionalmente dia 11 e não 4). Em Junho e Setembro é possível todos os sábados, às 15h00. Em julho e agosto há visitas guiadas às quartas-feiras e sábados, às 10h30 (exceto durante a Festa de Nossa Senhora do Rosário de Tróia).

O bilhete normal custa 7,5 euros ou 5 euros para clientes Troiaresort, estudantes, maiores de 65 anos e grupos. Até aos 14 anos a entrada é gratuita.

 Reportagem de Tânia Fernandes
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